terça-feira, 23 de setembro de 2008

POESIA - Confissão (Rafael do Nascimento Valente)

[ Poesia ]



Ansiava poder ser sincero
Nos meus ditos onde eu confesso
São neles que os lábios não querem alcançar.
Apóstrofe. Você.

Minhas cordas vocais submergem
Duvida-mente. Contra-dizendo
Sem ritmo nas batidas
Mas permaneço no vácuo. Moldurado.

Os cigarros se acabaram
Os goles terminaram
A fumaça já saiu, mas levando consigo meu riso
E nos meus adágios ainda confesso
Babéis pensamentos.

Minha liberdade de sentir
Tem sabor de intensidade
Criando asas.

Pele transpirada em braços de cavaleiro
Degustação de um desejo que me permito não calar
Posso ter, posso fazer
Apóstrofe. Aprazível.

Resposta em dúvidas palavras
Abraços incertos
Medo que esta ausente. Nem está turvo
Mas talvez pouco claro. Frestas.

As vezes um bom dia
Ou ele vem mais tarde, quem sabe a noite.

Guiado pelas suturas dessa estrada
Fudida e mágica
Grito um silêncio meu.

2 comentários:

Anônimo disse...

Rafael, vai se fuder!
Muito massa.

Anônimo disse...

lindo. lindo.
poético. admirável! você.