terça-feira, 28 de outubro de 2008

FESTIVAL DE ANIMAÇÕES

[ Artes ]


A partir de amanhã (28/10), Campo Grande recebe o “Festival de Animações”, referente ao “Dia Internacional da Animação ”, que será comemorado simultaneamente em 51 países.

Composto por um repertório de animações nacionais e internacionais, as sessões serão apresentadas no “Centro Cultural José Octávio Guizzo” a partir desta terça-feira (28/10).

A data é comemorada, porque em 1892, Émile Reynaud realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris. Essa projeção foi a primeira exibição pública de imagens animadas no mundo. Foi para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou o evento, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais.

Na terça-feira as exibições começam a partir das 18:30 horas, sendo que do dia 29 ao dia 31 serão exibidas animações infantis, em comemoração ao mês das crianças, com sessões às 12:30 e 18:30 horas.

Confira a sinopse e divirta-se. Lembrando que a entrada é gratuita e recomendável para todas as idades.

Terça-feira (28/10)

- X Coração (2D Digital/11m30s/2007/Porto Alegre-RS), com direção de Lisandro Santos, conta a história do amor platônico de Alex, o chapista que faz o melhor Xis da cidade, por Val, a band-lider que freqüenta a lanchonete onde ele trabalha.

- Atirei o pau no Gato (2D/ 3m33s/ 2007/Rio de Janeiro-RJ), com direção Sergio Glenes, é uma animação inspirada na cantiga de roda brasileira “atirei o pau no gato”. Um menino brinca de tiro ao alvo com seu gato de madeira. Após acertar um gato do parque com sua bola de borracha, ele descobre, com a ajuda de Dona Xica, que é bem mais divertido fazer novas amizades, e a diferença entre seu brinquedo e um amigo de verdade.

- Rua das Tulipas (3D/15m08s/ 2007/Brasília–DF), com direção de Alê Camargo, conta a história de um grande inventor acostumado a criar soluções para todos os moradores de sua rua, a Rua das Tulipas, após ver a felicidade de todos seus vizinhos, descobre que ainda faltava a felicidade de uma pessoa…

- Balanço (2D/Rotoscopia/1m49s/2006/Belo Horizonte–MG), com direção de Jackson Farias Teixeira, mostra duas figuras pintadas no papel, que ganham vida em uma nova dança, até que acontece um pequeno acidente.

- Baloons (2D/1m22s/2007/São Paulo-SP), com direção de Jonas Brandão, conta a história de dois homenzinhos que flutuam livremente pelo azul infinito do céu amarrados a balões. Eles então decidem que o céu pertence a si.

- Primogênito Complexo (Stop Motion-11m30s/2007/Porto Alegre-RS), com direção de Tomás Creus e Lavinia Chianelo, mostra um filho primogênito e seu irmãozinho recém-nascido, ilustrando a eterna luta entre o velho e o novo.

- Breathe (Respiro) (Stop Motion/Recorte Digital/3m40s/2008/São Paulo-SP), com direção de Adriana Meirelles, mostra um menino está fazendo sua lição de matemática e não consegue resolver uma soma. Na tentativa de resolver seu problema começa a brincar com um jogo de montar e começa a sonhar acordado. Neste sonho começa a pensar em equações e questões impossíveis. E cada questão se transforma na próxima numa integrante coreografia visual.

- Seu Lobo (2D/2m53s/2007/Rio de Janeiro-RJ), com direção de Humberto Avelar, é uma animação inspirada na cantiga de roda brasileira “Seu Lobo”. Crianças cantam canção infantil repetidamente e incomodam o lobo que tenta escapar do tormento em sua casa.

- Monkey Joy (3D e 2D sobre vídeos reais/ 8m15s/2008/São Paulo-SP), com direção de Amir Admoni, relata a chegada de um produto revolucionário que estremece a monotonia da cidade de Amsterdã. Usando como ponto de partida imagens ilustrativas do cotidiano holandês que captou durante seis meses, o designer e diretor Amir Admoni cria uma deliciosa ficção animada que, por trás do humor sarcástico, levanta questões corrosivas extremamente atuais, como o vazio da sociedade de consumo e a paranóia da política anti-imigração européia.

- O Trambolho (2D/m48s/2008/Recife-PE), com direção de André Rodrigues, mostra o que poderia acontecer em um dia como outro qualquer? Um sujeito engraçado, um celular e um ônibus. Pronto! A confusão está formada.

- Tyger (Digital e Bonecos4m30s/2006/São Paulo-SP), com direção de Guilherme Marcondes, mostra um enorme tigre que aparece em uma cidade para revelar a realidade de uma noite que poderia ter sido como qualquer outra.

- Somos Passageiros (Pintura sobre película 16mm/1m10s/2006/Belo Horizonte-MG), com direção de Jefferson AV, mostra, através de janelas que emolduram formas, imagens fantasmas que dançam sob fotografias fugidias, onde cavam-se linhas, explodem-se cores, transformam-se figuras na marcha do movimento. A trilha traz sons sintéticos, batidas secas, no ritmo de uma locomotiva.

- One (Flash e After Effects/1m/2007/Rio de Janeiro–RJ), com direção de Diego Stoliar, mostra uma peça minimalista de animação sobre a origem da vida no universo.

- O turno da noite (6’/animação/2006/Portugal), com direção de Carlos Fernandes. O que os mortos poderiam falar? E o que eles decidiriam expressar suas vidas e mortes em um necrotério, em algum lugar aparentemente limpo. Nos últimos dias, os fantasmas revivem e criam uma realidade alternativa no “turno da noite”.

- Sem dúvida amanhã (7’/animação/2006/Portugal), com direção de Pedro Brito. Desde o dia em que alguém furtou sua carteira contendo todos seus documentos, um homem ficou desprovido de sua própria identidade e se torna um batedor de carteiras, olhando no bolso de estranhos, o que foi uma vez seu direito.

- Jeden (3D/4’/2006/Polônia), com direção de Mateusz Jarmulski, relata um menino que deseja ser um jogador de tênis, como seu ídolo. Infelizmente ele só tem uma raquete.

- Matopos (3D/12’/2006/França) com direção de Sthephanie Machuret. Em um vilarejo um homem cego, uma vítima de tempestade, começa a superar seus medos por uma mulher. Graças à qualidade musical de flauta, ele estará apto para enfrentar seus medos dos aldeões e oferecer uma percepção diferente dos elementos.

- Açúcar, creme e algo (2D/6’40’’/2006/Coréia do Sul). É a história de uma mulher feia que está sempre irritada com a atitude se seus colegas de trabalho. Ela se faz contente por imaginar colocando algo no café de seu chefe.

- Abraço (3D/4’20’’/2007/Coréia do Sul), com direção de Sang-Hui Lee. No meio do deserto, existem o cacto pai e a filha. O cacto filha viu uma família de animais abraçando-se uns aos outros, então pediu ao cacto pai que a abraçasse também. O cacto pai ficou assustado, pois não podia abraçar a filha porque seus espinhos podem machucá-la. O cacto pai rejeitou seu pedido rigidamente e sua filha ficou muito magoada. Ela então ficou emburrada e seu pai teve que tomar uma difícil decisão para faze - lá se sentir melhor.

- One bite (1’/Estados Unidos) com direção de Claire Almon. Mostra imagens bonitas se encontrando.

- Ao alcance (2’/Estados Unidos). Para dar um coração, o amor está sempre ao seu alcance. Duas semanas de curta mudança para apreciação em um estúdio local.

- Vou fazer um sinal para você (7’/piloto/1996/Rússia) com direção de Alexander Tatarsky. O clipe mostra a canção da lendária banda russa Mashina Vremeni.

- Elevador (10’21’’/piloto/1989/Rússia) com direção de Yevgeny Delussin Freijas. Este é o primeiro filme da série “The Lift”.


Quarta-feira (29/10)

- Leonel Pé-de-Vento (2D/15/35mm/2006) com direção de Jair Giacomini. Relata que Leonel nasceu Pé-de-Vento, e por causa dessa condição, vive isolado de sua comunidade. Até o dia em que é descoberto pelas crianças da escola. Enquanto algumas o hostilizam e perseguem, outras ficam curiosas e se aproximam dele. Mariana investiga a história do guri Pé-de-Vento e, assim, eles descobrem a importância da amizade e da convivência com as diferenças.

- O Pato (2D/2’10’/Digital/2003/Rio de Janeiro-RJ) com direção de Andres Lieben. Relata que enquanto ouvimos a divertida canção de Toquinho, um pato muito atrapalhado apronta todas em uma fazenda. Será que acaba pagando o pato?

- Tem um Dragão no Meu Baú (2D/1’/Digital-2005/Rio de Janeiro-RJ) com direção de Rosaria:É um filme de uma menina que tem um dragão no baú.

- Lúmen (Stop-motion/4’/DVD-NTSC/2007/Belo Horizonte-MG) com direção de Wilian Salvador. Relata que um inventor em crise tem uma idéia que parece ser a solução perfeita para seus problemas.


Quinta-feira (30/10)

- Aquarela (2D/5’/Digital/2003/Rio de Janeiro-RJ) com direção de Andres Lieben. Com trilha homônima de Toquinho, Vinicius, Morra e Fabrizio, o filme faz uma metáfora entre a vida, do nascimento à morte, e uma pintura de aquarela que, com o tempo, descolore.

- Kone e Dorfe no Mundo das Alcachofras (3D/2’15’’/2006/SP) com direção de Paulo Pappera. Dois pequenos amigos viajam por um mundo fantástico, povoado por seres mágicos.

- Seu Dente e Meu Bico (2D/2’/ 2D/2006/Rio de Janeiro-RJ) com direção de Marão. Relata como um bico pode ajudar uns dentes e como uns dentes podem ajudar um bico.

- Juro Que Vi: Matinta Pereira (Lápis sobre papel/12’/35mm/2006/Rio de Janeiro-RJ) com direção de Humberto Avelar – ABCA.No interior do Brasil, reza a lenda que quando Matinta Pereira passa por um vilarejo e não encontra oferendas, uma tragédia pode acontecer. Uma menina e seu gato acabam, por acaso, descobrindo os mistérios da Bruxa Matinta Pereira, que se transforma em pássaro, e surpreendentemente modifica a vida das pessoas, espantando o medo para longe.


Sexta-feira (31/10)

- Laurinha (Mista/1’26’’/Digital/2005) com direção de Thomas Larson. Laurinha entra em seu quarto, desanimada por se sentir só. Através da brincadeira e da arte ela encontra o amigo que vive em sua imaginação.

- A Casa (2D/2’15’’/Digital/2003/Rio de Janeiro-RJ) com direção de Andres Lieben. Ao som da famosa canção de Vinícius, um mímico se diverte construindo uma casa que só é visível para quem acredita na história.

- Tainá – Kan, A Grande Estrela (3D/15’30’’/2006/RJ) com direção de Adriana Figueiredo. A grande Estrela, por amor, vem a terra em forma de homem. Aqui encontra duas irmãs, duas diferentes formas de amor. Lenda Indígena - Povo Karajá.

- A Lenda do Brilho da Lua (2D/2’46’’/2007/Florianópolis) com direção de Gabriela Dreher. Mostra um rei malvado e invejoso que tenta roubar o brilho de uma princesa.

Fonte: FCMS

CABEÇA A PREMIO - Filmagens

[ Cinema ]

Leandro Marques e Rafael Valente

Filmando.

Eduardo Moscovis á esquerda.

32a MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

[ Cinema ]



www.mostra.org

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

TEATRO - O REI QUE NÃO SABIA RIR

[ Teatro ]


O grupo Identidade Teatral, em parceria com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, apresentaou a peça infantil "O rei que não sabia rir", com 2 sessões diárias, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo.







A peça conta a história de um rei rabugento, que não consegue ver motivos para sorrir. Sua rabugice desencadeia uma insatisfação em seus súditos, de tal modo que migram para o reino vizinho. Para evitar que as coisas piorem, seu fiel guarda real traz o bobo da corte para alegrá-lo. O rei, ao perceber a presença do bobo da corte, propõe ao mesmo uma troca temporária de função, para poder assim aventurar-se pelo mundo afora e procurar o seu bom humor. A partir daí, uma série de confusões começa a se instalar dentro do castelo, proporcionando uma divertida comédia infanto-juvenil.A nova versão da peça foi estreada oficialmente no II FESTCAMP (Festival Nacional de Teatro de Campo Grande) em agosto deste ano, com grande número de pessoas no Teatro Aracy Balabanian. O elenco é composto pelos atores Marcos Alexandre e Ângela Montealvão. Com a direção do Marcos e figurino de Ângela."A peça "O rei que não sabia rir", além da sua reestruturação, é fruto de muita pesquisa, com releitura de trabalhos antigos, tendo como ênfase a contação de estórias", comenta o diretor Marcos Alexandre.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

TÁ TUADO!





[...] daqueles platônicos. guardados. mas aceso.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SEJAMOS CONTEMPORÂNEOS - Julio Carrara

Tô cansado de ficar dando murro em ponta de faca. Cansado de me estressar com coisas insignificantes. Cansado de ficar indignado com os meios de comunicação e com o meio artístico. Resolvi dar uma trégua para isso, afinal de contas, tá tudo muito bom.Pra que vamos perder tempo lendo Shakespeare, Kerouac, Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Machado de Assis?... Tudo isso é bobagem. São escritores insignificantes e que não têm nada a dizer. Vamos ler Caras, Contigo, Minha Novela, os livros do Paulo Coelho... Vamos nos deliciar no banheiro com os relatos eróticos da Bruna Surfistinha. É muito mais legal e útil. Por que ouvir Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Jobim?... Esses não entendem nada e suas músicas não passam de pura punhetagem. É muito mais divertido ouvir a Tati Quebra-Barraco (aliás, alguém sabe o seu paradeiro?) cantando: “eu vou bater uma siririca e gozar na tua cara...”, montar na éguinha pocotó junto com a Lacraia, ver o MC Creu (nem sei se é isso) em sua performance brilhante nas cinco velocidades do créu, créu, créu, créu, créu, créu... É a música mais criativa que já ouvi. De verdade. Tem muita profundidade essa letra, digna de um Grammy. Vou perder meu tempo assistindo a programas de TV como o Café Filosófico, Nossa Língua, Tecendo o Saber, que entram no ar altas horas da madrugada, se posso assistir Casos de Família, Márcia Goldzsmit, Superpop, Big Brother Brasil? Sou fanático por novela. Ainda bem que Janete Clair, Bráulio Pedroso, Dias Gomes, Ivani Ribeiro, Cassiano Gabus Mendes já morreram e não nos incomodam mais com aquelas merdas que escreviam. As novelas de agora são muito mais criativas; o primeiro bloco da novela das seis é igual ao segundo bloco da novela das sete e igual ao terceiro bloco da novela das nove, e todas têm mais de 200 capítulos. Posso deixar de ver 50 capítulos que quando voltar a assistir, vou saber tudo o que aconteceu. Olha que genialidade dos roteiristas? Genialidade maior que essa, é ver determinados personagens acendendo o fogão com os fósforos da Fiat Lux, lavando louça com detergente Ypê, virando revendedores da Avon, ou induzindo outros personagens a fazerem um 21. Isso não é só merschandising, não. É a teledramaturgia contemporânea. A TV não é um comércio? Pois então. Tem que vender seus produtos. Não concordam?E no teatro então? Eu quero ir pra dar risada, porque de tragédia basta a minha vida. Chega de Senhora dos Afogados (nas versões de Antunes Filho, Zé Henrique de Paula e a futura montagem do Zé Celso), Vestido de Noiva, 17x Nelson – porque insistem em montar as peças dele?... Chega de Otelo, Hamlet, A Megera Domada – Credo! Quantas montagens de Shakespeare. Vamos ver coisas mais interessantes. Tem muita peça boa em cartaz. Só olhar nos guias e escolher...Ser contemporâneo é aceitar, sem reclamar, aquilo que te oferecem, seja na literatura, na música, na televisão, no teatro, na política... Ser contemporâneo é chegar no 3º ano do Ensino Médio e não saber escrever o seu próprio nome... Ser contemporâneo é ver o mundo desabando na sua cabeça e não fazer porra nenhuma. Ser contemporâneo é deixar o seu lado HUMANO para se transformar numa MÁQUINA que não pode verter lágrimas para não enferrujar. Ser contemporâneo é se deparar com alguém tendo um enfarto na rua e sair correndo sem prestar socorro. Ser contemporâneo é se enfiar na política, roubar dinheiro público e se safar da prisão enquanto um pobre coitado, morto de fome, rouba uma margarina no supermercado e recebe a pena máxima. Ser contemporâneo é jogar uma criança do 6º andar. Ser contemporâneo é obrigar uma criança de 7 anos a chupar seu pau, gravar essa cena e depois jogá-la na internet. Ser contemporâneo é esquartejar os pais, os irmãos e ir ao cinema metralhar a platéia. Ser contemporâneo é acordar às 4 da manhã, pegar trem, metrô, lotação para chegar no trabalho às 8, ralar o dia todo e chegar em casa às 22 horas para no dia seguinte começar tudo de novo e receber, por todo esse sacrifício, um salário de merda.Ah!!!! Como é triste se sentir deslocado... Como é triste ter opinião contrária da maioria das pessoas. Como é triste sentir-se como um beija-flor que, sozinho, tenta apagar um incêndio... Como é triste ser um apocalíptico e não um integrado. Como é triste ir contra um sistema. Como é triste saber que os grandes heróis da Humanidade foram mortos. E pior: como é triste saber que nasci na época errada.

TEATRO, UMA ARTE DE GRUPO - Paulo Sacaldassy

Teatro é sim, antes tudo, uma arte de grupo. Quem não conhece como funciona a estrutura da arte do Teatro, não imagina o quanto de pessoas estão envolvidas em uma apresentação teatral. Mesmo que ela seja um monólogo, o ator em cena é só o artista principal, pois nos bastidores, outros tantos dão um duro danado para que tudo saia perfeito.Esse conceito de teatro de grupo é bem comum e muito melhor identificado no meio amador, onde os atores têm e necessitam participar de todo o processo para que a peça seja colocada em cartaz, mesmo que somente alguns deles estejam em cena.Se você realmente gosta de teatro e pensa em procurar um grupo para colocar toda a sua veia artística para fora, pense bem se está disposto a colaborar em todo o processo. Não adianta chegar dizendo que quer o papel principal e nem ficar fazendo biquinho se não for escalado para estar em cena. Existem outras funções primordiais para que o espetáculo aconteça.É claro que o objetivo de todo ator é estar em cena, mas nem sempre é possível disponibilizar um texto que comporte todo o elenco do grupo, mesmo porque, necessita-se de alguém que cuide da luz, que cuide do cenário, do figurino, que fique na bilheteria, etc. A vida do teatro é dura. E a de ator de teatro amador é pior ainda.Quando se é profissional a equipe da produção se encarrega de tudo, o ator só precisa chegar com o texto decorado e desempenhar o seu papel em cima do palco, não há maiores preocupações além de sua interpretação, pela menos na hora da apresentação. Mas, mesmo os atores profissionais precisam desse conceito de grupo, para poderem colocar seus espetáculos em cartaz.Então, quando se consegue reunir um grupo de pessoas dispostas a cederem em prol do sucesso de todos, é fácil se montar bons espetáculos e isso fica claro em cena, pois os atores que estão no palco se preocupam apenas com suas interpretações, pois todos têm a certeza que todo o grupo está trabalhando para o sucesso final.Por isso, você de cada grupo de teatro, principalmente os amadores, tenham em mente a questão da unidade do grupo, mesmo que a vaidade individual insista em atrapalhar o bom desempenho do grupo, procure entender que quanto mais funções você souber executar dentro de uma produção teatral, um melhor ator você será.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

QUER SER ATOR, NÉ, NEGO? - Julio Carrara


Essa pergunta era repetida inúmeras vezes por Myrian Muniz, com aquela voz rouca inconfundível, direcionando o seu olhar duvidoso para aqueles jovens deslumbrados que almejavam ser atores. Não tive nenhuma dúvida em usar essa pergunta como título do meu artigo, para também, homenagear essa artista excepcional, falecida em 2004.

Desde que me conheço por gente, sempre fui apaixonado por teatro. Reunia as crianças da rua na minha casa, prendia um lençol no varal para fazer de rotunda (sem saber o que era isso), pegava roupas velhas da minha mãe para as meninas usarem de figurino e improvisava as cenas. E “ai” daquele que não fizesse certo!!! Era chamado de burro e estava fora da brincadeira! Alguns iam chorando para casa. Estou rindo só de lembrar dessa situação. Crianças são sinceras e até cruéis. Espero não ter traumatizado nenhuma delas.

De brincadeira de criança, escolhi o teatro como profissão. Isso aos 11 anos de idade. Abandonei meu curso de inglês, minhas aulas de piano, e só concluí os cursos de datilografia – que hoje não servem mais para nada – e informática para procurar um curso de teatro. Recebi apoio, pois minha família achava que aquilo era coisa passageira, mas quando decidi abandonar o Curso Técnico de Processamento de Dados para voltar ao Ensino Médio Regular, pois meu objetivo era cursar uma Faculdade de Artes Cênicas, quase matei todo mundo do coração e de desgosto.

Eu não sei o que minha família queria... Que eu fizesse Medicina, Engenharia, Direito, que fosse Dr. em alguma coisa? Bom... mesmo sem apoio (exceto da minha mãe, que viu que não tinha mais jeito), fui cursar a Faculdade e três anos mais tarde estava com o diploma de licenciatura em Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas na mão. Estava feliz, muito feliz.

Hoje fico pensando se optasse por outra profissão. Como ator, dramaturgo, diretor e arte-educador, nunca matei ninguém – exceto nos meus textos. Agora se eu fosse médico ou engenheiro, quantas pessoas eu não iria matar numa sala de cirurgia ou no desabamento de um prédio mal projetado por mim?

Plínio Marcos escreveu num artigo: “Ser ator é mais uma condenação do que uma dádiva.” E é verdade. Estamos condenados a isso. Eu não sei fazer outra coisa senão respirar teatro, comer teatro, beber teatro... É isso que me realiza, que me dá prazer...

Fico revoltadíssimo quando vejo alguns pais traçando a carreira profissional dos filhos. Tenho uma amiga – que não convém citar o nome – apaixonada por teatro. Sua mãe obrigou-a a buscar uma outra profissão. Mesmo contra sua vontade, ela cursou 4 ou 5 anos de Odontologia. Na colação de grau, recebeu o diploma e ali mesmo, entregou-o para a mãe. Não era um diploma que sua progenitora queria? Muito bem. Essa minha amiga não estava formada em Artes Cênicas, mas em Odontologia. Depois de concluir o curso, ela voltou a fazer teatro e está muito feliz. Só não me pergunte quais foram os estragos que ela fez nas bocas dos pacientes, que não saberei responder.

Quando Myrian Muniz perguntava:

- Quer ser ator, né, nego????

...dirigindo-se a esses jovens, com uma pausa dramática, com aquele olhar que se assemelhava com o da Esfinge ao lançar o enigma para Édipo, entendo o que ela queria dizer com isso. Será que esses jovens estavam preparados para assumir tamanha responsabilidade?

Para mim seria tão mais fácil fazer parte de uma família de artistas, pois assim entenderiam o que se passa. Mas não. Sou a ovelha negra da família, como a música do Raul Seixas. Venho de uma família tradicional, que trabalha em empregos convencionais, das 7 às 18 horas e que tem folga aos domingos e aos sábados só trabalham meio período.

Já fui chamado de vagabundo inúmeras vezes. Vagabundos não trabalham aos sábados e domingos, vagabundos não passam a madrugada toda acordados escrevendo ou decorando textos, vagabundos não lêem, não pesquisam, não têm interesse pelas coisas que acontecem à sua volta, vagabundos não folgam – quando folgam – às segundas-feiras. Isso é ser vagabundo? E o que é ser trabalhador, então? É pegar numa enxada? Vagabundo, eu?

Quando refiro à minha pessoa, também quero me referir aos leitores, que, em maior ou menor grau, passam por essa problemática. O artista é, ao mesmo tempo, a Cigarra (que passa todo o verão cantando e não fazendo porra nenhuma e no inverno morre de frio), e a Formiga (que passa o verão colhendo alimentos para desfruta-los no inverno), da fábula. As pessoas vêm apenas o lado Cigarra dos artistas, no momento em que eles estão no palco, mas o lado da Formiga, que ocorre durante o processo de ensaios, ninguém vê, por isso é fácil julgar. E quanto à estabilidade financeira?

- Será que para fazer teatro, eu preciso ter um outro emprego que me dê estabilidade?

Mas essa é uma outra questão que fica para o próximo artigo.

MÚSICA - Al que le guste (Orishas)

[ Música ]

Usted, usted y usted
Pónganse de pie compañeros, esto empieza así

Al que le guste que lo pruebe
Al que le guste que lo pruebe
Al que le guste que lo pruebe
Y al que no, que no le pruebe

Hacía gala de bueno, de serio y auto-control;
De ser un sujeto sano. Sin drogas y sin alcohol.
Mentiroso te das cuenta, bateas como el mejor.
Se te escaparon detalles,
La Habana entera te dichabo..... bandolero.

Estribillo

Ahora yo no sabia mira brother,
Que eso te cuadraba,
que esta onda de husssssss..... te gustaba,
Mira que te he visto en otra jugada
Y eso en este bando no cuadra.
A mi me recuerda como
empezó en esto baby Johnny.
Quien la vendía buena, la controlaba nena,
Escucha si no te enteras.
De si tu bare bare bien estudiado.
Raya de medio lado y zapatillas
por si hay problemas salir "volao";
A mi me recuerda que era un poli raro,
Especie de guari, guari por eso lo mataron.

Estribillo

La manada, mañana viene la manada
y eso que trajiste no me cuesta nada
Que brete es este, déjate de chisme negue
O la monada por la noche vino a verte.
Esto es con clave na' más averiguarara
Esto es con clave na' más averiguarara
Pues que reviente ese hijo de madre,
Este tipo me tiene el huevo pelao,
Descascarao, golpeao,
Así que aprende niche el problema
No es quien la da el bateo es quien la recibe

Estribillo

Esto es con clave na' ma averiguarara
Esto es con clave na' ma averiguarara
Se que te gusta ve con
Se que te gusta ve con medida

MÚSICA - Elegante (Orishas)

[ Música ]



Mira que es lo que quieres
Tu puedes más, pero no quieres, toca Habana
Oye dice que...

Elegante tirando siempre pa' alante
Mátame con solo eso que has hecho
Quizás bonito no seas malito arriba ponme a pensar
Elegante echando siempre pa' alante
Mátame con solo eso que has hecho
Quizás bonito no seas malito arriba ponme a pensar

Bomba que sofoca el Cocán,
No ves que vengo loca?
No me detiene el boca a boca
Y si molesta es porque choco
Ahora calla tu boca
No quiero sonrisas locas
Este es el flow que te rebota
Deja tu lenguota rota
Se mantiene esto es pa' ti mis nenes
Sofoco poco a poco todas
Simplifico lo que no va
No quiero que te me alteres
Pero si respeta el vere vere
Que te trae mi gente pa' meterte en el retrete
Fino fino, después que tomaste el buen vino
No me vengas a romper las copas
Que en realidad no nos sofoca
Pa' los locos y pa' las locas, toma nota de mi boca

Estribillo

Vas tu muy deprisa sin saber
A donde puedes llegar con tu forma de ser,
Sigues haciendo el cuento
De la buena vida sin parar,
Tiras ideas al viento para comprobar
En que sentido sopla, no crees en na
Cada día que pasa te veo peor,
Te me estas poniendo como un tenedor
Pica que pica y pica, y al final no enganchas na

Estribillo

Como ves aquí el desoye ya empezó,
A nadie la policía detuvio,
El compacto de la tienda de la tienda ya voló
Hasta tu tatarabuelo lo bailo
Tremendo vele vele vele se formo,
Lo siento por el penco que no le gusto

Elegante buscando siempre pa' alante, loca
Hay pero mátame con solo eso que has hecho
Quizás bonito no seas malito arriba ponme a pensar
Elegante echando siempre pa' alante
Dice!!! sigo gateando pa' alante
No creo en los arrogantes
Elegante echando siempre pa' alante, hay
Tu dices que eres la bomba
Ten cuidao con la explosión que te mata

Que es lo que pasa contigo? in the left
Que es lo que pasa con contigo? in the right
Que es lo que pasa contigo? in the left
Vas de marcha atrás
Que es lo que pasa con contigo? in the right
Si te gusta bien y sino también
Que es lo que pasa contigo?
Vas de marcha atrás
Que es lo que pasa con contigo?
Si te gusta bien y sino también

POESIA - A Foca (Vinicius de Moraes)


Quer ver a foca
Ficar feliz?
É pôr uma bola
No seu nariz

Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha

Quer ver a foca
Comprar uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga

Lá vai a foca
Toda arrumada
Dançar no circo
Pra garotada

Lá vai a foca
Subindo a escada
Depois descendo
Desengonçada

Quanto trabalha
A coitadinha
Pra garantir
Sua sardinha


domingo, 12 de outubro de 2008

TEATRO - O Rei que não sabia rir

[ Teatro ]


Em homenagem ao “Dia das Crianças”, o grupo “Identidade Teatral”, apresentou a peça “O rei que não sabia rir”, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O espetáculo infantil, conta à história de um rei rabugento, que não consegue ver motivos para sorrir. Sua rabugice desencadeia uma insatisfação em seus súditos, que fogem para o reino vizinho. Para evitar que as coisas piorem, seu fiel guarda real traz o bobo da corte para alegrá-lo. O rei, ao perceber a presença do bobo da corte, propõe ao mesmo uma troca temporária de função, para poder assim aventurar-se pelo mundo afora e procurar o seu bom humor. A partir daí, uma série de confusões começam a acontecer no castelo, proporcionando uma divertida comédia infanto-juvenil.

A peça “O Rei que não sabia Rir” foi apresentada no sábado e no domingo (11 e 12 de outubro), com sessões às 16:00 e 18:00 horas.

O Centro Cultural José Octávio Guizzo está localizado na rua 26 de Agosto, nº 453. Mais informações através do telefone 3317-1792.





FELIZ DIA DAS CRIANÇAS

ARTE - Street Art








sábado, 11 de outubro de 2008

PROFISSÕES


Nunca mais reclamo da Educação Física!

ARTE - EXPOSIÇÃO DE MORTES DE PERSONAGENS DE DESENHOS ANIMADOS

[ Arte ]
Tom sempre perseguindo o coitado do Jerry. O Frajola insistentemente na caça ao Piu-piu. E a leve antipatia de Pernalonga se sobraindo nas idiotices do Patolino.
O artista inglês James Cauty (http://www.cnpdonline.com/) e seu filho de 15 anos, fizeram uma reprodução diferente dessas situações, revelando como seriam supostas mortes de Tom & Jerry, Pernalonga e Piu-piu. No mínimo, trágicos.







Se continuar assim, não quero nem saber como seria com os Teletubbies em desenho animado. Medo.

ARTE - I LUV RAIN.

Eu queria um desses.




FOTOGRAFIA - Vô Mito


Expulsando suco gástrico!


( eu dou muita risada reparando essa imagem )

ARTE - Arte Digital de PERSONAGENS REAIS

Retirados do excelente blog de montagens criadas a partir do fotoshop, o Mataleone (http://www.mataleonebr.blogspot.com/) , as imagens a seguir mostram como seriam alguns personagens de desenhos animados e seriados na vida real. O resultado é bastante interessante.









ARTE - Playboy da Mônica e Magali


[ ... ]
alaz!

ARTE - Arte Digital e Mc Donald's

[ Imagens ]






quinta-feira, 9 de outubro de 2008

FUNDAÇÃO DE CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL

[ Cultura ]

http://www.fundacaodecultura.ms.gov.br/

MARCO - Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul

[ Arte ] [ Cultura ]

http://www.marcovirtual.com.br/

O Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul - MARCO, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, foi criado através do Decreto nº 6266, em 17 de Dezembro de 1991. A primeira sede localizou-se na Avenida Calógeras, nº 2499, esquina com a Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, em edifício adaptado para a finalidade museológica, permanecendo neste endereço até 1999, quando foi instalado provisoriamente, na Rua Barão do Rio Branco, nº1980.
A sede definitiva, imponente na arquitetura, projetada pelo arquiteto Emmanuel de Oliveira, começou a ser construída em 1993 e foi concluída em julho de 2002, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura. Desde então, as artes sul-mato-grossenses tomaram um novo impulso, dada a possibilidade de um diálogo maior com as artes de outras regiões e a oportunidade de divulgação da produção artística local, respeitando e valorizando a diversidade de linguagens e temas aqui abordados, contribuindo significativamente para a consolidação da arte e da cultura desse estado
Seu acervo tem origem na Pinacoteca Estadual, com os prêmios aquisitivos dos salões de arte realizados a partir de 1979 e, mais tarde, através de doações espontâneas de artistas, colecionadores e instituições culturais. Atualmente compõe-se de aproximadamente 900 obras em diversas modalidades artísticas, incluindo um conjunto significativo de obras que registram o percurso das artes plásticas em Mato Grosso do Sul, do princípio aos dias atuais.
Localizada no Parque das Nações Indígenas, extensa área verde da cidade reservada para atividades de lazer, o museu possui uma área construída de 4000m2, e dispõe de 5 salas de exposição, sendo uma com mostra permanente de obras de seu acervo e 4 salas para as mostras temporárias que compõem sua programação anual.
O setor educativo, em sintonia com as abordagens atuais da arte-educação, conta com 3 salas para as atividades práticas com escolas e grupos no complemento didático às visitas orientadas às exposições, além de cursos de iniciação em arte para crianças, jovens e adultos; assim como um equipado atelier para o desenvolvimento de técnicas de gravura.
O museu possui ainda um auditório com capacidade para 105 pessoas e uma biblioteca específica em artes plásticas, com material para pesquisa e formação de estudantes, arte-educadores, artistas e público em geral.

O MARCO através de suas atividades cumpre fundamental papel educativo, democratizando o acesso à arte e aos bens culturais, posicionando-se como importante centro de formação e fomento cultural.

Missão do MARCO:
"Colecionar, estudar, incentivar e difundir a arte do estado de Mato Grosso do Sul e brasileira, tornando-a acessível ao maior número de pessoas possível"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

CURSOS LIVRES DE ARTE E CULTURA

[ Arte ] [ Cultura ]

http://www.metodista.br/cursoslivres/arteecultura/

O TEATRO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

[ Artigo Científico ]


http://www.efdeportes.com/efd50/teatro.htm

PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO ENTRE O MOVIMENTO DO CORPO CÊNICO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA

[ Pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso ]


http://biblioteca.universia.net/irARecurso.do?page=http%3A%2F%2Fcoralx.ufsm.br%2Ftede%2Ftde_busca%2Farquivo.php%3FcodArquivo%3D1328&id=29309148

Este estudo teve como objetivo examinar a contribuição das linguagens da dramaturgia para o exame das relações entre o movimento corporal e o movimento humano, e ainda; refletir sobre os diferentes aspectos comunicacionais relacionados com a realização do movimento humano, buscando mostrar as inter-relações das linguagens das Artes Cênicas e da Educação Física. A metodologia empregada foi a etnometodologia. Inicialmente a pesquisadora acompanhou o processo do jogo lúdico, através do método da etnografia constitutiva de Hugh Mehan, utilizando-se da técnica de observação direta da atora através de registros em fichas. Em seguida foi utilizado o método etnográfico reflexivo de Steve Woolgar, que tem como objetivo descrever os meios utilizados pelo pesquisado para organizar suas ações. Este método se valeu da técnica da leitura de imagens fotográficas. Para tanto, como objeto de estudo utilizou-se o espetáculo de uma atriz em formação, do curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria - RS. A coleta de dados foi realizada em dois momentos: primeiro emergiu de um jogo lúdico que aos poucos transformou-se em jogo cênico, até a finalização de sua arte. Na medida em que o jogo lúdico perpassou o estado exploratório dos processos internos para um outro âmbito comunicacional, que seria a retenção de cenas, onde iniciava-se a montagem de sua arte; não foi mais permitido a observação direta, pois neste momento entrava em cena outra espécie de comunicação que seria a busca de atributos técnico-dramatúrgicos para compor sua arte final. Após, foi realizado o mapeamento da literatura sobre os aspectos norteadores do trabalho. O segundo momento da coleta, foi no dia de estréia do espetáculo, realizado no teatro do Centro de Artes e Letras (Caixa Preta) da UFSM. Os dados foram uma série de fotos seqüenciais do espetáculo, perfazendo um total de 23 fotos selecionadas para a análise. As fotos foram tiradas por um fotógrafo profissional em peças teatrais. A máquina fotográfica ficou centralizada em um tripé, que focava o centro do palco, sem possibilidade de deslocamento para não desconcentrar o trabalho da atriz. A análise foi feita por categorias relevantes a fonte teórica e contrapostas entre a imagem artística e a Educação Física. Contudo, consideramos que o trabalho cênico da fantasia-técnica pode estimular esse desenvolvimento. O que nos falta, e que a dramaturgia apresenta de sobra é aprendermos a nos conhecer, objetivo que deve estar nos objetivos das práticas integradoras da Educação Física. As atividades que preenchem nossas aulas por mais simples que possam parecer ela tem que estar fundada em significações, e muitas vezes os sentidos estão lá, o problema é que os educadores não conseguem vê-los, e tampouco conseguem direcionar seus alunos em sua propriocepção.

TEATRO - Crônicas de um Corpo Cênico

«O COMUM DO CORPO» - Exercício sobre teatro e comunicação pelo corpo.

“O mundo cênico representa um mundo onde o nosso quotidiano, já não mais serve para exprimi-lo e a nossa linguagem quotidiana distorce a realidade cênica”
Eugenio Barba

O «corpo comum» é o corpo de cada indivíduo quando se idealiza que cada corpo individualmente vem representar o espaço físico que o indivíduo desempenha na sociedade e no meio onde se organiza. O corpo representa a identidade física de uma outra identidade mais complexa que alguns chamam de «alma». O corpo artístico é tido como uma imagem filtrada através de um coador que separa a ficção da realidade.

Ao pensar o teatro com uma natureza distinta da que supomos para o quotidiano, das nossas vidas e raciocinando, por indução, através de observações feitas, apreende-se que o corpo do ator em movimento, muito mais que uma simples marcação, é uma dança. Cria-se o caminho de ligação do corpo do ator com o pensamento, o corpo exprime o pensamento.

É impossível falar em fisicalidade sem falar no fator «energia», pois movimento está obrigatoriamente ligado à noção de ritmo e intencionalidade. A energia é o ímpeto, aquilo que impulsiona o interprete para o trabalho cênico de preparação exaustiva, aquilo que o acompanha no momento de execução do espetáculo, e está presente a cada momento da sua atividade. Energia é um processo que o ator estabelece consigo mesmo, que o rege desde o seu interior, é assim como um subconsciente. Contudo é ainda dominável, manipulável, é também pensamento.
O movimento ou a imobilidade, a transformação e a cadência de mobilidade no sentido de transmissão de um tipo de presença física, a transformar em presença cênica, e portanto expressão. O corpo funciona no sentido de fazer visível o invisível - o ritmo do pensamento.
A imagem do «corpo cênico» é plástica, maleável. O corpo cênico é modelado, esculpido pelos pensamentos, e neles se transforma.

Em palco, os lugares mesmo os mais abstratos são lugares que possuem três dimensões, por que se tratam de lugares necessariamente humanos ou antropomorfizados pela presença física do espírito humano. Os atores em palco, no seu conjunto, movem-se obedecendo a um certo padrão. O movimento em cena parece conter o desenho de uma trilha. Percebemos a existência de um caminho invisível como uma música no espaço tridimensional, nota-se, muitas vezes que esta música é harmônica, outras vezes sente-se a sua rudeza.

“O teatro está nas nossas vidas” afirma Robert Pignarre na sua história do teatro, enfatizando que nenhum ser vivo pode estar fora desta modalidade de comportamento, pois trata-se do comportamento fundamental garantido da sobrevivência das espécies, seja através do mimetismo biológico, seja através das complexas relações sociais inerentes a todas as sociedades humanas porque o ser vivido tem necessidade de comunicar.

UM TEATRO A COMUNICAR.

O vocábulo teatro, do grego, theátron , “lugar aonde se vai para ver” é impreciso na sua solidão como palavra para expressar a riqueza acumulada em torno deste fazer artístico durante estes últimos milénios.

O fenómeno teatral está apoiado na tríade essencial comunicativa : texto – ator – público, esta tríade implica-se a si mesma através da comunicação porque para comunicar temos a voz e o corpo como intermediários que se implicam entre si e como receptor o público que «escreve» a fábula teatral. O texto, uma potencial semente geradora do espetáculo, num sentido amplo de fábula. O caminho desta fábula para o espetáculo, dá-se através de uma «corporificação» com presença física do actor em cena onde se implicam todas as condições físicas de que dispõe, ou seja todos instrumentos que o seu corpo possui. Muitas vezes, esta «corporização» é traduzida como uma marcação das posições do actor, discurso, posturas e gestos. Daí se denominar marcação como sendo o acto concreto de construção do espetáculo expressando a vontade e as emoções das personagens.

O teatro é executado. O ator executa «ações físicas» para dar realidade exata à personagem. O público precisa de sentir a presença delas . É isto que faz do teatro uma arte muito especial. Um modo de interação simbólica que necessita da presença física de todas as partes envolvidas. Um sistema interativo que torna possível a comunicação de uma realidade virtual aos espectadores, visto que não é a realidade mesma dos atores, mas a de um universo imaginário. Na perspectiva de uma troca esta interação tem como moeda um conjunto de símbolos indiciais do universo imaginário cujo suporte é o corpo do ator num contexto espacial determinado.


CORPO DECLAMADO OU CORPO CASTRADO
A imbricada relação teatral entre dança e canto está associada nas suas origens a vários rituais primitivos a partir de uma manifestação de êxtase difundida no corpo. Evoca-se a presença do homem ao redor de uma fogueira a executar as primeiras danças dramáticas. O teatro como fenómeno complexo está associado a rituais, entendendo-se a rituais como um conjunto de acções físicas, que tem por objectivo a celebração de algum traço do tecido social, tal como a celebração dos mitos, e dos momentos de passagem do homem de um estádio para outro dentro da sociedade na qual está inserido.
A manifestação teatral resulta da celebração de rituais religiosos, seja na Grécia no culto ao deus Dioniso, seja em Bali, seja na Índia ou no Japão.O teatro surge do ritual religioso mas dele se separa, sem no entanto deixar de ser um ritual. Com todas as fases de instalação «ritualista», seja os ritos de entrada, os ritos de celebração e os ritos de saída. Da observação dos grupos sociais em situação de representação teatral, é possível demarcar com precisão estas regiões do acontecimento «ritualistico» em todas as manifestações. A separação do teatro da religião é uma fronteira difícil de ser explorada. Até hoje os factos do teatro ocidental estão marcados pela presença mítica de Dioniso quando a religiosidade se afasta do corpo. A religião esconde o corpo e castra a manifestação natural. O conceito de texto dramático vem fazer a divisão de partes. A origem do teatro é o momento de uma intencionalidade diferente daquela que organizava o culto religioso original. Há a cisão do pensamento teórico em duas correntes fundamentais: a primeira que coloca a origem desta intencionalidade na presença da palavra, da obra escrita por um autor dramático, como sendo fundadora destas novas relações entre o real e o imaginário; a segunda como sendo o movimento, a dança dramática, ou até mesmo o movimento puro deslocado da intenção religiosa como fundadora de algo novo.

TEATRO - Jogo Dramático



Nas artes, o homem procura expressar-se e modelar o mundo conforme os seus sentimentos e aspirações. No teatro em particular, a expressão dramática funciona como um meio de descoberta de si e do outro, de afirmação de si próprio na relação com os outros. Na prática dramática, a imaginação, as ideias e os sentimentos são representados através do movimento, do som, da imagem e da ação.

O teatro e as práticas dramáticas são um meio de aprendizagem, porque utilizam a capacidade lúdica inerente a todos os seres humanos. O jogo e os processos cognitivos que o suportam partem da prática para o campo abstrato. Jogando assimilam-se experiências e dessa forma melhoram-se as estruturas de pensamentos individuais e coletivas. No processo de interação inerente ao fenómeno teatral, os diferentes parceiros tomam consciência das suas reações, do seu poder sobre a realidade, criando situações de comunicação, tanto verbal como não verbal.

TEATRO - Dioniso e o Teatro


Muitos deuses eram cultuados na Grécia, há muito tempo, cerca de cinco séculos antes de Cristo. Eram deuses parecidos com os homens, que tinham vontades e humores, e eram ligados com os elementos da Natureza e da vida. E um deus muito especial era Dioniso, (Dionísio) ou Baco. Dioniso era o deus do vinho, do entusiasmo, da fertilidade e do teatro.

Em sua homenagem, eram feitas grandes festas, em que as pessoas cantavam e narravam em coros uma poesia chamada ditirambo. Tinha até concurso de ditirambo!

Dos ditirambos nasceu outra festa para homenagear Dioniso, as Dionísias Urbanas. Foi nas Dionísias que surgiu o primeiro traço do teatro como conhecemos hoje: um dos atores do coro se desligou e disse ser um deus, ou um herói, e não ele mesmo, e assim começou a dialogar com o coro. Foi assim que surgiram os primeiros atores, e este foi o primeiro passo para as peças de teatro escritas.

TEATRO - Tragédias e Comédias



As peças de teatro na Grécia antiga contavam histórias dos mitos gregos, onde os deuses eram muito importantes. Elas passaram a ser representadas em espaços especiais, que são parecidos com os teatros de hoje. Eram construções em forma de meia-lua, cavadas no chão, com bancos parecidos com arquibancadas, chamados teatros de arena.


Um dos mais famosos está em pé até hoje, em Atenas, na Grécia, e se chama Epidaurus. Uma coisa curiosa nas encenações é que só os homens podiam atuar, já que as mulheres não eram consideradas cidadãs. Por isso, as peças gregas eram encenadas com grandes máscaras.
Existiam dois tipos de peças: as tragédias e as comédias. As tragédias eram histórias dramáticas, e mostravam homens que, por não aceitarem a vontade Divina, acabavam em maus bocados. Os autores de tragédia grega mais famosos foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides.

As comédias eram histórias engraçadas chamadas sátiras, que são gozações da vida. Um grande autor de comédia grega foi Aristófanes. Todos esses autores influenciaram muito o teatro que veio depois, e suas peças são encenadas até hoje.

TEATRO - Os Saltimbancos



Muitos anos depois, na Idade Média, lá por volta do século 12, apareceram na Europa companhias de teatro que ia de cidade em cidade. Este teatro já não tinha nada de religioso, e seus atores e atrizes, chamados de saltimbancos, literalmente carregavam a casa nas costas. E não só a casa: os cenários das peças, seus figurinos (as roupas usadas), maquiagem, etc. Eles andavam em carroças, sempre em bandos, chamados trupes, e não tinham morada certa. Eles também representavam peças engraçadas ou dramáticas, como os gregos. Hoje, esse teatro itinerante também é conhecido como teatro mambembe.

Mas não pense que ficar "de galho em galho" era o sonho da vida dos saltimbancos! É que na época em que eles viviam, a Igreja era muito poderosa e implicante, e escolhia o que as pessoas podiam representar, de preferência textos cristãos. E os saltimbancos não queriam saber dessa prisão, pois o negócio deles era usar a criatividade e representar o que bem quisessem.

Perseguidos pela Igreja e sendo tratados como foras-da-lei, os saltimbancos começaram a usar máscaras, para não serem reconhecidos. Uma tradição que descende diretamente dos saltimbancos é o circo, que até hoje anda de cidade em cidade apresentando seus números.

TEATRO - COMMEDIA DELL'ARTE



Com o Renascimento, três séculos depois, o teatro deixou de ser tão perseguido pela Igreja. As artes floresciam: pintura, arquitetura e música. O homem passou a ser o objeto de interesse dessas artes, e não mais os deuses (ou, no caso da Igreja católica, o Deus). Foi a época de artistas muito importantes, como Da Vinci (que pintou Mona Lisa) e Michelângelo.


Por essa época surgiram os teatros parecidos com os de hoje, casas com palco e platéia, e também a ópera, mistura de música com teatro. A Itália foi o palco de um gênero chamado commedia dell’arte.

Os atores da commedia dell’arte eram muito versáteis (faziam de tudo): cantavam, dançavam, representavam, faziam malabarismos... Tudo para agradar seu público! Eles também formavam trupes que iam de cidade em cidade, e nunca decoravam nada, sempre improvisavam as peças.

Esses atores faziam sempre os mesmos papéis: Polichinelo, Arlequim, Colombina, Pantaleão. Cada papel tinha uma máscara, que cobria só a parte de cima do rosto. Ainda hoje, podemos ver peças inspiradas nesses personagens. No Brasil, eles viraram até tema de carnaval.

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO

[ Teatro ]


Frase do poeta William Shakespeare, um dos maiores mestres que o teatro já conheceu. Shakespeare nasceu em 1564, na Inglaterra, na cidade de Stratford-upon-Avon, e foi um apaixonado pelo teatro. Escreveu muitas peças e ficou muito conhecido, tendo inclusive a honra de apresentar suas obras nos palácios dos reis, coisa que não era para qualquer um!

Ele também construiu um teatro, que está de pé em Londres até hoje, chamado Globe Theatre, em forma de globo, mas ficou famoso mesmo por suas peças, imortais, que retratavam os tipos humanos como nunca nenhum autor conseguiu fazer depois dele. Algumas de suas peças mais conhecidas são Romeu e Julieta, Hamlet e Sonho de uma Noite de Verão. Aliás, a frase tão famosa lá de cima é da peça Hamlet... Depois de Shakespeare, o teatro nunca mais seria o mesmo.

TEATRO - Teatro e suas origens

[ Teatro ]

O Teatro e sua origens

A origem do teatro remonta às primeiras sociedades primitivas que acreditavam que a dança imitativa trazia poderes sobrenaturais e controlava os fatos necessários à sobrevivência (fertilidade da terra, casa, sucesso nas batalhas, etc). Estas mesmas danças eram feitas para exorcizar os maus espíritos. Portanto, a conclusão de historiadores aponta que o teatro, em suas origem, possuía caráter ritualístico.

Com o desenvolvimento do domínio e o conhecimento do homem em relação aos fenômenos naturais, o teatro foi aos poucos deixando suas características ritualísticas, dando lugar às ações educativas. Em um estágio de maior desenvolvimento, o teatro passou a ser o lugar de representação de lendas relacionadas aos deuses e heróis.

O Teatro - A Arte de Representar

O teatro ou a arte de representar floresceu em terrenos sagrados à sombra dos templos, de todas as crenças e em toda as épocas, na Índia, Egito, Grécia, China, entre outras nações e nas igrejas da Idade Média. Foi a forma que o homem descobriu para manifestar seus sentimentos de amor, dor e ódio.

São quatro os principais gêneros dramáticos conhecidos:

A tragédia, nascida na Grécia, segue três características: antiga, média e nova. É a representação viva das paixões e dos interesses humanos, tendo por fim a moralização de um povo ou de uma sociedade.

A comédia representa os ridículos da humanidade ou os maus costumes de uma sociedade e também segue três vertentes: a política, a alegórica e a moral.

A tragicomédia é a transição da comédia para o drama. Representa personagens ilustres ou heróis, praticando atos irrisórios.

O drama (melodrama) é representado acompanhado por música. No palco, episódios complicados da vida humana como a dor e a tristeza combinados com o prazer e a alegria.

As edificações dos teatros

A partir do momento em que o homem começou a representar suas emoções e sentimentos através do teatro, surgiu a necessidade de criar espaços específicos. E assim apareceram construções de diversos estilos. As diferentes edificações sofreram influências culturais que se espalharam por gerações.

A exemplo do Teatro Grego a.C., as edificações eram erguidas nos flancos das colinas para diminuir as despesas. Os romanos preferiam os terrenos planos. Mas até a metade do século I a.C., eles usavam construções de madeira que eram constantemente deslocadas de um lugar para outro.

No ano 50 a. C., o Imperador Pompeu concluiu seu teatro que possuía 40 mil lugares com os assentos e toda a decoração interna em mármore. Mais tarde o arquiteto italiano Bramante retirou 50 colunas de granito desse teatro para usar no palácio da Chanelaria.

Outro arquiteto, Emílio Escauro, construiu uma das obras mais espetaculares em madeira, que comportava até 80 mil pessoas. O palco era dividido em três planos superpostos e decorado com 360 colunas de mármore. O primeiro plano era todo em mármore. O segundo tinha as paredes cobertas com cubos de vidro. O terceiro era revestido com madeira dourada, colunas e três mil estátuas.

E assim as construções, movidas pelo desenvolvimento de novas técnicas, foram se ampliando e ficando cada vez mais sofisticadas e modernas.

A arte grega teve muita influência sobre os romanos. Foi marcante a influência helenística, que aparece nas principais construções romanas como os arcos triunfais, teatros, circos e esculturas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

CINEMA - CABEÇA A PRÊMIO - Diário de Gravação

- 17:00! Comecei a me arrumar. Não podia deixar de dizer que estava com um frio voando pela minha barriga.
- Aaaai, é só uma figuração seu mané!
- Uai... e dai? É muito pessoal.

Ás 17:30 nos encontramos na locação das filmagens da cena do trailler de lanche e de lá seguimos pro Hotel Jandaia. Mudança de planos: vamos pro set do filme!
Carol, a Produtora de Elenco, nos deu algumas orientações e nos ''apresentou'' ao diretor do filme, Marco Ricca. E continuamos interagindo com o restante da equipe e fumando muitos cigarros.

Vou ao bar perguntar o preço de um cigarro, e sem querer, esbarro e acabo batendo uma vassoura na pessoa que está ao meu lado. Claro, me viro até ela pra pedir desculpas...

- Me desculpa... é... han... [...] han... Marco Ricca!?

(eu acabei de dar uma vassourada no diretor!!!)

- Sem problemas, Rafael.

[...]

Nos chamaram pra fazer a primeira figuração, lá por volta das 20:30. Microfones, iluminação, equipamentos, cadeiras, equipe agitada, curiosos, cigarros e cigarros!
Na cena, estou sentado em uma mesa de um bar ao lado da rodoviária, tomando uma cerveja, junto com os outros figurantes espalhados na locação. Enquanto o personagem de Eduardo Moscovis observa sutilmente um homem passando pela rua, eu o observo com tua acompanhante.

- Posição Inicial
- Câmera
- Ação

- Aeeeee pessoal, silêncio! Vamos rodar em!

Repetimos a cena, que nos cinemas não deve passar dos 20 segundos, vááááárias vezes.

Voltamos pro set para trocar de figurino. E lá vamos nós de novo. Dessa vez fomos pra uma rua ali por perto da rodoviária também.
Faço algo beeem mais simples. Enquanto o personagem de Eduardo Moscovis passa pela rua, eu apareço andando do outro lado da rua. Errei várias vezes. rss

- Posição Inicial
- Geeeeente, cadê o Rafa?
- Aquiiii!
- Câmera
- AAAçããããããooo

[...]

- Vaaaaai Rafa!
- Desculpaaaaa, esqueci!

E sobe, e desce. Sobe-desce! Fooooome.

- Esqueci minhas falas gente! rss

Lá pelas 23:30 fomos jantar! Uhhh, pensa num rango bom! Um buffetão! =)
E o bolo de chocolate depois?
E o.. o coiso. =)

Lá por volta da 01:00 da manhã entramos no busão e fomos pra outra locação. Ali na Afonso Pena. Com a chuva, infelizmente tivemos que interromper as filmagens. Voltaremos em outro dia para continuarmos.

Não sou nada ali. Todos cheio de funções, muito trabalho durante meses, e boa dose de dedicação. Queria eu poder estar no lugar de muitos ali. Mas só pelo fato de ESTAR ali, acompanhando e envolvido com uma milionária produção cinematográfica na minha cidade, é gratificante pra mim.

Tomei um poucão de chuva pra chegar até o carro, cheguei ensopado e tive que usar o banheiro da garagem (!!!) porque senão...
Deitei gostoso e ouvi Mariana Aydar até dormir.

Foi uma experiência importante pra mim. Queria compartilhar.

POESIA - DIÁLOGO ABSTRACIONISTA I (Rafael Valente)

[ Meu livre pensar ]



- Aborígene do teu livre pensar,é teu
Abasteço esse mesmo lugar
Não precisa abecedar.

- a.be.ce. vo.cê!

- abece.deefege.agai.jota.

- Rubiáceas
Mas nem formando frase alfabética
Alarme!

- Affe. bafo no tempo. abafa. do.
Curvo-me diante.
Estremece.

- Saudades das minhas alpargatas
Da dança da fita
E da do pezinho.
Era no Tropeiros da Querência
CTG

Pensei, pensava-enso
Enso
Atribuado

- Surgem elas. vrões
Pala
Leva-se
Tudo e todos
Dentro da cabeça
Percebe-se
Só escuta
Mesmo sem os ouvidos. oras!
Não tem
Só bate mesmo. [...] ai, falei.

São átimos, ótimos
Não te acho assim
Estranho, atípico.

Atr.ação
Ah, sigo atinadamente
Minha única cond.ção.

Justiça com minha politica pessoa

- Adros romanos
Átrios
Construção.

Experiência nascida da repetição de atos
Estou livre pra minha intimidade
Pro.fusão.

- Topônimo: deixa. é individual.

- '' não quero tua penitência. '' - não ouve.
Agora, pra aquele:
Você e vômico
Nem abraço invisível.

- As vezes até soa como densidade
De pensa-menthos.
Quem dera poder ser comediógrafo. mesmo só por escrever.

- Representatividade

- Aprendeu na Escola de Belas Artes de Michingan

- É Mitchgéãããm
Abstêmio meu
Nem ligado, nem conectado
Mesmo sendo enviado.
Olha que nem sigo
Modelos clássicos
De comportamento social.


- É uma arte abstracionista.
o absinto é uma planta, e tal [...] e dela se extrai.. um licor tóxico.
Preparada de losna (será lesma) anis [...]

- '' não sou bobo. só abobo ''